sábado, 11 de outubro de 2014

Câncer canino com 11.000 anos é o mais antigo do mundo

cachorro
Uma equipe internacional de cientistas sequenciou o DNA do câncer mais antigo já descoberto: um tumor canino sexualmente transmissível. Análises mostraram que ele se originou há cerca de 11.000 anos. A descoberta foi publicada em um artigo na revista Science.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Transmissible Dog Cancer Genome Reveals the Origin and History of an Ancient Cell Lineage

Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: Elizabeth P. Murchison, David C. Wedge, Ludmil B. Alexandrov, Beiyuan Fu, Inigo Martincorena, Zemin Ning, Ariberto Fassati, Peter J. Campbell, Fengtang Yang, Austin Burt, Robin A. Weiss, Michael R. Strattonn e outros

Instituição: Wellcome Trust Sanger Institute, Reino Unido, e outras

Resultado: Os pesquisadores sequenciaram o genoma de um câncer canino transmissível e descobriram que ele tem 11.000 anos e 1,9 milhão de mutações

Os pesquisadores encontraram registros na literatura veterinária desse tipo de câncer desde 1810. Suspeitando que ele fosse muito mais antigo do que isso, decidiram procurar respostas com ajuda da genética. Eles descobriram que, enquanto a maior parte dos cânceres apresenta no máximo 5.000 mutações em seu genoma, o tumor estudado tinha impressionantes 1,9 milhão. Dentre essas mutações havia uma conhecida por ocorrer em uma frequência constante ao longo do tempo, então os pesquisadores a utilizaram como "relógio molecular" para descobrir a idade do câncer, que chegou a 11.000 anos.
Como o genoma do câncer também possuía informações genéticas sobre o cachorro no qual ele se originou, os pesquisadores conseguiram identificar alguns fatos sobre o animal. Acredita-se que ele era semelhante a um husky siberiano dos dias de hoje e vivia em uma região isolada, uma vez que o câncer – que era transmissível – só começou a se tornar comum nos últimos 500 anos, período que equivale à exploração marítima dos povos europeus.
Para os autores, esse tumor pode ter sobrevivido por tanto tempo por ser transmissível e capaz de driblar a resposta imune dos cães. "E o que nós estamos obviamente tentando descobrir nesses cânceres é: isso poderia acontecer em humanos? Nós queremos aprender tudo o que pudermos sobre ele", afirma Mike Stratton, pesquisador do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, e integrante da equipe de pesquisadores
Fonte:


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário